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quarta-feira, 1 de julho de 2009

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É, depois de tanto tempo sem escrever eu voltei, mas acho que o que me fez voltar foi o mesmo motivo que me fez parar de escrever por um tempo: esse turbilhão de acontecimentos ao meu redor, coisas normais do cotidiano que acabam por nos paralisar, e definitivamente não estou falando da morte de Michael Jackson! Enfim, parece que depois de tanta campanha, de tanta falação, a hipocrisia ainda é a rainha suprema e sem previsão de perder o trono, aquela velha história "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço", desse jeito acabaremos todos por escrever histórias das quais nunca vamos viver, como um político esquerdista que na campanha grita a todos os escândalos da política, critica os candidatos da direita, promete fazer um governo limpo e ao ser colocado no poder se corrompe.
Mas não é de política que eu quero falar hoje, quero falar de algo que está bem mais por debaixo dos panos, está tão escondido que se torna imperceptível muitas vezes, o respeito. É, respeito é uma palavra que abrange várias situações e significados, podemos respeitar as pessoas porque temos apreço, admiração. Entretanto, o respeito de que falo é mais específico, se refere ao direito a integridade moral que todos temos e que deve ser respeitada.
Essa semana fiquei muito triste a respeito de certos acontecimentos com pessoas queridas, deitada na minha cama mergulhei nos pensamentos mais profundos pra poder descobrir a causa de tanta maldade, porque você pensa,"Como uma pessoa tão bonita, que tem tudo na vida é capaz de tamanha crueldade e ainda consegue achar que tudo é uma brincadeirinha de criança e não demonstra o menor arrependimento?", e quase que instantaneamente a resposta veio, "É, provavelmente estão tão infelizes com si mesmos que precisam acabar com a felicidade das pessoas pra que não se sintam assim, tão diferentes".
Por isso, depois de tudo, meu sentimento de raiva por aquelas pessoas se transformou no pior dos sentimentos, porém inevitável nessa situação, que eu poderia ter, pena. Então pensei em como aquelas pessoas que foram ofendidas tem sorte de poderem ao menos serem elas mesmas, que quem tem problemas não são elas, mas sim aqueles que as ofendem sem nenhuma vergonha estampada na cara, o problema de tudo está nas aparências, um mostrando para o outro como pode ser descolado e único, nossa, como se precisássemos de mais idiotas no mundo! Nessa hora levantei da cama e agradeci a Deus, por não precisar mostrar absolutamente nada pra ninguém além de mim mesma, e nessa noite orei por aquelas pessoas, para que todo aquele mal saísse delas e que pudessem pelo menos uma vez ter uma amizade que independe de quantas pessoas você tem no orkut, ou quanto você gasta por mês em bolsas, e que conseguissem dessa forma transmitir coisas boas, deixassem de ser rosas(tão bonitas, mas com tantos espinhos), porque no final da vida vamos todos pro mesmo lugar, e alguns tem destino até pior, então pra que todo esse rancor? A vida passa tão rápido e se formos nos apegar a coisas pequenas e mesquinhas acabaremos sendo da mesma forma.
Saí andando, passei pela porta do quarto e olhei pra minha imagem no espelho, a completa excluída da escola, cheia de histórias que falam de mim por aí, que tornam minha vida tão mais emocionante, porém que eu mesma não vivenciei, e depois de uma análise tão sincera nunca tive tanto orgulho de ser careta, ter poucos amigos e de chorar por tudo, porque acredito que se esse é o preço que tenho que pagar pra ser "descolada" prefiro continuar na minha caretisse, porque prefiro a qualidade dos amigos do que a quantidade de pessoas que só vão estar lá pra sorrir comigo e por último e mais importante, porque prefiro chorar a noite toda do que ver alguém que não conheço direito e que não tenho a menor intimidade pra ferir seus sentimentos(se é que existe intimidade pra isso), chorar por minha causa.


"Pordoai Senhor, eles não sabem o que fazem."