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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

o maratonista;

O primeiro passo é sempre o mais difícil, principalmente se a direção escolhida for de encontro a uma tempestade de ventos, esses ventos que sempre vêm tão carregados de incertezas e expectativas familiares. Esse primeiro passo é quase como um obstáculo ou como a famosa pedra no caminho de Carlos Drummond, ele é insistente, é doloroso, mas depois de concretizado pode se sentir uma onda eletrizante de satisfação percorrendo todo o seu ser, você revive uma sensação da qual nem se lembra mais, a sensação de pela primeira vez estar andando com as próprias pernas, esta por sua vez melhorada, pois a consciência vem em companhia a esta primeira vitória.

Os outros passos, não pensem que são mais fáceis, podem ser até mais difíceis, entretanto, as pernas que antes eram fracas por falta de uso, agora se tornam cada vez mais fortes, a cada passo vão se exercitando, se acostumando aos ganhos e às quedas, podem por alguns momentos correr e em outros momentos elas aprendem que é melhor caminhar com cautela, o tempo que trata de cumprir o seu propósito de ser igual a todos se encarrega de trazer a experiências a essas pernas e pés, já cansados, com passos que já se tornaram automáticos, e quando esse dia chega não se pensa no dinheiro adquirido, na fama conquistada, apenas uma lembrança permeia nos pensamentos: O primeiro passo.

O quanto valeu a pena os sacrifícios que precisavam ser feitos, as vontades que precisavam ser impostas e as tantas horas de dedicação. O quanto valeu a pena ser você mesmo, não importando as suas escolhas, mas o esforço para que elas dessem certo, e é tão gratificante pensar que tudo isso só deu certo por causa de você.O primeiro passo é apenas o começo, a vida é uma verdadeira maratona e só depende de você se tornar um maratonista vencedor, pois com um passo de cada vez podemos chegar onde quisermos, sempre lembrando que não importa a distância dos seus sonhos, só você, somente você, pode delimitar o tamanho dos seus passos.

Nataly Lima

domingo, 7 de setembro de 2008

prisão domiciliar.

Malditas horas encarando as mesmas paredes, sentindo o mesmo cheiro invadir as narinas, as primeiras horas digo que até foram boas, ficar aqui sem ninguém pra interromper o meu sono e dizer que eu deveria sair, ninguem tem a ousadia de fazer tal pedido, mas agora, depois de tantas horas me sinto presa de uma forma estranha, a porta está ali a alguns poucos metros e eu posso levantar, abri-la e simplismente sair, mas imaginar tal situação me causa grande desconforto, só imaginar. Às vezes é tão grande o poder de influência das pessoas que elas acabam por nos fazer pensar que realmente temos culpa pelo o que não temos, fazem com com nos escondamos e acabamos fazendo, não apenas do quarto, ou da sala, ou da casa, mas de nós mesmos nossa prisão domiciliar. Lamento dizer que eu estou presa a mim, soa estranho, mas alguém que ler vai entender, o quão é difícil não poder fugir dos seus pensamentos e dos seus medos só por um instante.

[E se..deixa pra lá.]