E a tempos venho tentando dizer palavras próprias
Venho passando por mãos egoístas
Mãos que por momento algum deixaram que se revelasse a minha grandeza
Logo eu, utilizado por tantos
Alguns com pretenções maliciosas, nem todos, mas muitos
E que as injúrias da vida não me deixam corrigir
Apenas impondo suas fraquesas de forma escandalosa
Salvo aqueles que na metalingüistica me revelam
Eu que os acompanho desde cedo
Sinto-me desprezado, verdade, largado
Mas hoje protesto
Aquele que pôr um lápis na mão, pense bem
Não apenas o papel se modifica
Eu aos poucos vou me desfazendo, compondo e me decompondo
E nada pior a um pobre lápis do que uma vida medíocre viver
Sem contribuir para a vida sinto-me tão inútil quanto são aqueles que nada fazem comigo além de rabiscos.
2 comentários:
foram dos rabiscos que tudo surgiu, aos pouquinhos, sem pressa...
gostei mesmo.
quem dera se todo mundo que colocasse o lápis no papel entendesse o que tá fazendo.
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