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quarta-feira, 28 de maio de 2008

desgosto.


E a tempos venho tentando dizer palavras próprias

Venho passando por mãos egoístas

Mãos que por momento algum deixaram que se revelasse a minha grandeza

Logo eu, utilizado por tantos

Alguns com pretenções maliciosas, nem todos, mas muitos

E que as injúrias da vida não me deixam corrigir

Apenas impondo suas fraquesas de forma escandalosa

Salvo aqueles que na metalingüistica me revelam

Eu que os acompanho desde cedo

Sinto-me desprezado, verdade, largado

Mas hoje protesto

Aquele que pôr um lápis na mão, pense bem

Não apenas o papel se modifica

Eu aos poucos vou me desfazendo, compondo e me decompondo

E nada pior a um pobre lápis do que uma vida medíocre viver

Sem contribuir para a vida sinto-me tão inútil quanto são aqueles que nada fazem comigo além de rabiscos.

2 comentários:

404 Not Found Again disse...

foram dos rabiscos que tudo surgiu, aos pouquinhos, sem pressa...

gostei mesmo.

Roberta disse...

quem dera se todo mundo que colocasse o lápis no papel entendesse o que tá fazendo.